A minha primeira quinta, deve o seu nome a inscrições numa fraga de granito datadas da metade do Séc. I AC e a um marco pombalino, que está na minha família desde o século XIX. Foi uma das primeiras Quintas do Douro Superior a ser demarcada.
Freguesia de Freixo de Numão, concelho de Vila Nova de Foz Côa no Douro Superior
575m
Granítico muito arenoso
18,62 hectares no total, dos quais 13,75 de branco e 4,86 de tinto
Cordão Royat unilateral e Guyot simples
Brancas: Rabigato, Alvarinho, Gouveio, Viognier e Verdelho
Tintas: Touriga Nacional, Sousão e Jaen (Mencia)
32,73 ha onde estão incluídos 3,52 ha de amendoal biológico
Em 2007 recuperei a Quinta da Pedra Escrita, na família da minha Mãe há mais de 8 gerações. Os solos pouco profundos, muito secos e áridos são predominantemente graníticos, muito arenosos e pobres em nutrientes, sem qualquer capacidade de retenção de água.
Nos séculos passados, os solos da quinta davam origem a vinhos do porto brancos muito apreciados pela sua capacidade de envelhecimento e frescura, os solos de granito em altitude dão origem a baixas produtividades e vinhos de aromas com extrema complexidade e acidez, que permitem obter vinhos com longevidade.
É esta tradição que quero de volta a um mundo de vinhos cada vez mais estereotipados, e que vinca o carácter único dos vinhos de altitude do Douro.
O modo de produção é biológico e as vinhas não são regadas, tal como o amendoal. Ambas as culturas se encontram intercaladas com bosques naturais de carrascos e zimbros seculares, privilegiando-se assim a biodiversidade com espaço para desenvolvimento da fauna e da flora locais.