Quinta da Pedra Escrita eleito melhor vinho tinto de Portugal pela Revista Decanter

O concurso Decanter World Wine Awards, organizado pela influente revista inglesa Decanter, destacou o vinho “Quinta da Pedra Escrita - Tinto 2020” com o prémio de “Best in Show”, sendo incluído no exclusivo TOP 50 entre os melhores vinhos de todo o mundo que estiveram na competição, atingindo a pontuação de 97 Pts a que correspondeu a ambicionada Medalha de Platina.

Esta foi a melhor classificação alcançada por um vinho tinto português, sendo apresentado pela revista Decanter como o exemplo do “potencial extraordinário do Douro”, que ano após ano vai conquistando as mais altas classificações neste concurso.

Na edição deste ano estavam inscritos 18.250 vinhos de 57 países, que foram avaliados por um júri que juntou 236 especialistas de 30 países diferentes, incluindo 53 Masters of Wine e 16 Master Sommeliers. Para a escolha do “TOP 50 – Best in Show”, apenas os vinhos melhor classificados entram nesta prova cega final para determinar o melhor dos melhores. De Portugal, apenas mais dois vinhos alcançaram este TOP, precisamente um Vinho Madeira Terrantez de 1978 e um Vinho do Porto 40 Anos.

Nas palavras de Rui Roboredo Madeira, enólogo e proprietário da Quinta da Pedra Escrita, “Sempre procurei fazer vinhos que tenham os cheiros e os aromas da nossa terra, com uma pureza aromática que enalteça o nosso ‘terroir’, por acreditar no potencial do Douro para fazer vinhos distintos de classe mundial”. “O Quinta da Pedra Escrita Tinto confirma essa excelência em que procurei destacar o ‘sense of place’, através de uma viticultura que respeita a natureza, tudo em modo de produção biológico e sem rega (‘dry farming’), e numa enologia de mínima intervenção”, acrescenta o enólogo.

É a segunda vez que o vinho “Quinta da Pedra Escrita tinto” atinge a classificação de 97 Pts - Medalha de Platina no concurso da revista Decanter, juntando-se a outros grandes prémios já conquistados por esta Quinta do Douro, tais como o prémio de “Melhor Vinho Branco” no Concurso Vinhos de Portugal e “Editor’s Choice” pela revista norte-americana Wine Enthusiast.

O vinho “Quinta da Pedra Escrita tinto”, como descrito pela revista Decanter

“Dado o extraordinário potencial do Douro, não é de estranhar que os vinhos tintos do Douro, bem como os Vinhos do Porto, sejam uma presença regular no nosso Top 50 - Best in Show.

Este lote de Touriga Nacional com Jaen e Sousão é um dos tintos de cor mais carregada apresentados no concurso deste ano.

Calor solar, pedra quente e frutos pretos silvestres como abrunho, ameixa e sabugueiro dominam os aromas, transmitindo amplamente a emoção, energia e força do vinho.

Na boca encontra exactamente o que os aromas sugerem: um vinho de drama e dimensão, potência e dinamismo controlados, com aroma mineral e de fruta bem casados.

A acidez intensa, brilhantemente focada e ligada à fruta está lá para trazer equilíbrio, enquanto os taninos são esbeltos, suaves e acessíveis.”

Sobre Rui Roboredo Madeira

Enológo português, nasceu em 1964 em Lisboa, mas com raízes familiares no Douro Superior e Beira Alta.

Descrito pela revista Wine Spectator como um dos enólogos que “está a marcar o ritmo para a crescente qualidade dos vinhos portugueses”, é o responsável por marcas de vinhos que são a referência no Douro, como a Quinta da Pedra Escrita e Castello D’Alba, assim como pela criação do conceito de Vinhos de Altitude quando lançou a marca Beyra, da Beira Interior.

A abordagem de Rui Roboredo Madeira enquanto enólogo centra-se na viticultura sustentável e de respeito pela natureza, através de vinhas não irrigadas e da prática de agricultura biológica, a par com uma enologia de mínima intervenção, para destacar o ‘sense of place’ dos seus vinhos.

Sobre a Quinta da Pedra Escrita

A Quinta da Pedra Escrita está situada nos altos do Douro Superior, em Freixo de Numão. Deve o seu nome a um marco pombalino ali existente, tendo sido uma das primeiras Quintas do Douro Superior a ser demarcada pelo Marquês de Pombal.

A Quinta tem 17 ha de vinha, toda cultivada em modo de produção biológica e sem rega, a uma altitude de 575 m. Os solos secos e áridos são predominantemente graníticos, arenosos e muito pobres em nutrientes. Na replantação da vinha foi mantida a flora autóctone, refúgio natural das lebres que existem na zona, e que são a imagem de marca dos rótulos da Quinta.

Os primeiros vinhos desta Quinta foram lançados em 2011, em que Rui Roboredo Madeira procurou destacar o carácter distintivo dos solos de granito em altitude do Douro Superior, por darem origem a vinhos de aromas com extrema complexidade e de grande longevidade como outrora.